Archibald Joseph Macintyre: OS ANJOS, UMA REALIDADE ADMIRÁVEL [MARA]
Oitavo Coro de Anjos. Os kerubims
Recebem diretamente os raios da divina Sabedoria e estão cheios da sublimidade da ciência do Senhor. Seu entendimento é um tesouro de luz e de verdade. Ao contemplarem a essência divina ficam submersos naquele pélago imenso da sabedoria de Deus que os envolve totalmente. Segundo Dionísio, os luminosos kerubims têm a prerrogativa de contemplar o poder divino. Como que extasiados, prorrompem em cânticos de amor e louvor a Deus. São por assim dizer, a personificação do zelo na realização da maior glória de Deus e da defesa da mesma.
A palavra kerubim, parece originar-se de um vocábulo que em acádio, designava um semi-deus.
O profeta Ezequiel teve uma visão desses espíritos celestes. Pareceu-lhe ver, de modo figurado, evidentemente, que levavam em carro de glória, a majestade de Deus. (Ez. 1,10). Um kerubim teria guardado a “porta do Paraíso” após a queda de Adão.
Por meio dos kerubims, Deus enviava seus oráculos a Moisés e aos sacerdotes do templo, conforme expressão textual da Bíblia.
No início, os Serafins e kerubims não eram considerados Anjos segundo o sentido literal da palavra Anjo que significa mensageiro. No judaísmo tardio, porém, aparecem incluídos no grupo dos seres espirituais que denominamos Anjos. (Enoque Etíope 61, 10; 71, 7).
Acredita-se que o “trono” do Papa seja guardado por quatro kerubims, e que muitos santuários que os homenageiam são assistidos por um deles. A piedade cristã os invoca nas tentações contra a Fé a virtude da pureza e os escrúpulos.