A RELIGIÃO E O HOMEM
Examina-se as relações do homem à religião, quer dizer a concepção que se faz naturalmente da religião que ele pratica.
Introdução
A questão sobre a qual queremos chamar a atenção é bastante inabitual. Poderíamos formulá-la assim: quando não se é nem um santo, nem um teólogo, o que significa: ser cristão? Não se trata de saber como o homem ordinário lê os Evangelhos, ou participa ao culto litúrgico, mas como ele se situa relativamente à religião em seu conjunto, como, «ele se vê» cristão.
A resposta a esta questão, e o tema central aqui, é que, tão sublime seja uma religião, para ser praticável, deve ser compreensível para uma coletividade, sem o qual os homens dela se desviam, e a esquecem. Mas esta compreensão não é possível senão ao preço de uma atenuação dos aspectos mais transcendentes da Revelação.
1) A religião deve ser compreensível para uma coletividade
De que compreensão se trata? Não de uma Palavra de conhecimento, mas de um mandamento, ou melhor (pois o Cristo, Palavra de Deus, é Via e Verdade) uma Palavra que é ao mesmo tempo e indissoluvelmente conhecimento e ação.
2) Meu Reino não é deste mundo
3) As virtudes naturais nos protegem do mundo
4) As virtudes naturais “protegem” o humano do Absoluto divino
5) Dois exemplos de virtudes naturais: a arte medieval, a Agonia do Cristo